Fortes pressões diplomáticas levaram a que a CEDEAO tenha decidido reconsiderar o convite a Cipriano Cassamá para representar a Guiné-Bissau na Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO. A par do Primeiro-Ministro Aristides Gomes, o ex-Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, deverá ser também chamado a Abudja.
É esperado que durante a Cimeira da CEDEAO seja analisada a situação política guineense, sobretudo à luz do falhanço de José Mário Vaz em cumprir com a exigência da organização sub-regional em nomear um Governo até ao final do seu mandato, a 23 de junho último.
Além disso, a Cimeira poderá também servir para imposição de sanções aos políticos guineenses que a organização sub-regional venha a considerar responsáveis pela não nomeação do Governo. À cabeça da lista dos alvos da CEDEAO estarão o próprio José Mário Vaz mas também o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, que ontem em conferência de imprensa acusou o Senegal de auxiliar Jomav na preparação de um Golpe de Estado.
Entre as sanções que estarão a ser consideradas pela organização incluem-se a impossibilidade de concorrerem às eleições presidenciais de 24 de Novembro, situação que abriria a porta da presidência a outro candidato que vem sendo apontado como o favorito do Senegal, o General Umaro Cissoko.
A e-Global sabe que o ex-Presidente José Mário Vaz está ciente dos riscos de sancionamento pelos seus pares da sub-região e ainda não confirmou a sua presença na Cimeira de Abudja.