Os líderes das bancadas parlamentares da Coligação PAI -TERRA RANKA, Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) e Partido da Renovação Social (PRS) reagiram quinta-feira (07.09) à nomeação de Chefe de Estado-Maior Particular do Presidente da República (PR).
À saída do encontro com o representante especial do Secretário-geral da ONU, Califa Seidi, líder da bancada da Coligação PAI -TERRA RANKA disse que “a figura do Chefe de Estado-Maior Particular [do Presidente da República], não existe na Constituição guineense e para que isso aconteça, a lei magna do país tem que ser revista”.
“Achamos que é bom concentrarmos no essencial para que não entremos nos conflitos institucionais”, disse Califa Seidi, sublinhado na ocasião que para a Coligação “o mais importante” é estarem focalizados nos interesses da população.
“A figura de um Chefe de Estado-Maior Particular pode existir noutros países porque é permitido na Constituição, mas, no caso da Guiné-Bissau, não é permitido”, disse Seidi.
Para o presidente do Partido da Renovação Social (PRS), “o assunto está em análise, mas aqui não é um fórum próprio. É um assunto do alto nível e creio que merece ser analisado de forma exaustiva”.
De acordo com o Presidente em exercício do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), Inocêncio Lamba, “o que não existe na Constituição da República não deve ser fabricado”.
“É uma decisão do Presidente da República, não temos nada a ver com isso. Sabemos que há problemas na Constituição da República, mas mesmo assim devemos respeitá-la e o que não existe na Constituição não pode ser feito”, disse o líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses.