O Governo convocou esta sexta-feira 7 de Fevereiro uma reunião de emergência com os embaixadores em que o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, garantiu que o país “não está à beira da guerra” e que o Governo “não vai tolerar” desordem. Para Aristides Gomes “não há ainda um Presidente eleito”.
Na reunião também foi produzido um comunicado em que o Governo condena as declarações de Umaro Sissoco Embalo, e pede ao Ministério Público guineense para investigar as ameaças do candidato eleito, segundo os resultados da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que para o executivo põe em causa a paz social.
Umaro Sissoco Embaló, numa declaração à imprensa quinta-feira 6 de Fevereiro, no momento da sua chegada ao país no aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, afirmou que “se for necessário vamos à guerra para que haja paz e a Guiné-Bissau vai libertar-se de vez”.
Por sua vez, o líder do Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, numa conferência de imprensa esta sexta-feira, sublinhou que “se alguém pôr em causa a paz e a segurança na Guiné-Bissau, será responsabilizado pelo povo guineense”.
Por ultimo o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), ainda não confirmou a eleição de Umaro Sissoco Embaló, nem respondeu perante o ultimo recurso do PAIGC, que pediu a anulação de todo o processo eleitoral, e também não se pronunciou sobre se a CNE cumpriu a exigência de um novo apuramento nacional dos resultados.
Laurena Carvalho Hamelberg