O Procurador-geral da República (PGR) pediu aos magistrados para estarem atentos às pessoas que procuram vias fáceis para enriquecer, às custas do povo, na Guiné-Bissau.
Esta quarta-feira, 02 de Março, na cerimónia de tomada de posse de mais de 13 novos magistrados do Ministério Público, Bacar Biai afirmou que existem pessoas que querem fazer da Guiné-Bissau uma “placa giratória” de actividades de tráficos de drogas, tornar o país num centro por excelência de branqueamento de capitais, de seres humanos e de violência contra as crianças e mulheres.
O Procurador-geral da República acusou um grupo de pessoas de utilizar as novas tecnologias de informação e comunicação para “desinformar e divulgar de forma manipulada” a realidade dos factos, fazendo-se passar por “vítimas de perseguição judicial” e tentarem, a todo custo, descredibilizar os militantes do combate à corrupção e “outros males que corroem a sociedade guineense”, com o intuito de a população permanecer na pobreza extrema.
Para Bacar Biai, a “pátria deve unir-se” contra esses actos, e destacou que “as grandes Nações que conseguem sucessos, permanecem vigilantes contra este tipo de tendências e não permitem a desinformação contra o próprio povo”.
O Procurador-geral da República insistiu ainda que os magistrados devem continuar juntos no combate à corrupção, responsabilizando criminalmente infractores, que serão neutralizados e encaminhados à barra dos tribunais.
Para a responsabilização dos “corruptos e corruptores”, segundo Bacar Biai, o judiciário deve ser “célere e exemplar na sua actuação” para que não prevaleça o sentimento de impunidade, e sublinhou que quer que prevaleça o sentimento de que os criminosos são exemplarmente punidos.
Por fim, Bacar Biai defendeu que o judiciário deve ser visto também com alternativa à violência e à justiça pelas próprias mãos. “Alguns sectores da nossa sociedade consideram-se como os mais inteligentes, merecedor de melhores elogios e melhores filhos deste país, pessoas que ostentam riquezas incompatíveis com os rendimentos deles, melhor dizendo a corrupção torna efectivamente sistémica e endémica, a existência de actos de violência contra as mulheres e crianças, furtos de gados, tráfico de droga, branqueamento de capitais e outro tipo de criminalidades” concluiu Bacar Biai.