O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Formozinho da Costa, na região de Quinara, sul do país, em entrevista a e-Global, defendeu “a dignificação das instituições da segurança” e o “reforço de formação cívica” da população guineense sobre a democracia e cidadania.
“A população tem direito a formação. Por isso, o Estado deve interessar-se no reforço da formação cívica e participação democrática e cidadania. Só assim podemos esperar o voto e a participação consciente dos cidadãos na vida pública do país”, realçou Formozinho da Costa.
Para o activista “sem a dignificação das instituições estatais” não se pode falar de combate à criminalidade, e aproveitou também para condenar as “frequentes” violações dos direitos dos cidadãos no sector de Tite “perante a inércia das forças de segurança”.
“Se a polícia e as instituições ligadas à Justiça não têm meios para deslocarem-se às localidades, onde estão os violadores, não se pode falar de combate a criminalidade. No nosso sector, por exemplo, as meninas em idades menores são retiradas das escolas para o casamento, e mesmo denunciando esta prática, a Polícia não tem como deslocar-se por falta de meios. Também, mesmo os que foram detidos acabam por ser libertados impunemente. Assim é complicado”, asseverou Formozinho da Costa.
Para o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos para região de Quinara “o Governo deve preocupar-se em equipar os seus agentes de segurança e reforçar as suas capacidades na matéria dos Direitos humanos”, visando assim combater as constantes violações dos direitos dos cidadãos nas comunidades.
Mamandin Indjai