Presidente da República (PR), Umaro Sissoco Embaló, determinou que a partir deste ano, 2023, nenhum partido político poderá ir ao mausoléu “Amílcar Cabral”, no Forte de Amura em Bissau, para proceder à deposição de coroa de flores.
“É verdade que já estamos a fazer bagunça. Este é um acto do Estado e não dos partidos políticos. Já faz 50 anos. A partir deste ano, enquanto o Estado-maior estiver aqui, nenhum partido político virá aqui, porque este é um acto do Estado”, referiu Umaro Sissoco Embaló, adiantando que Cabral fundou o PAIGC e que depois da independência deixou de ser partido-estado.
“Portanto, a partir de hoje, acabou a desordem de vir cá os partidos políticos. Chefe de Estado-maior, a partir de hoje, enquanto sou Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, este é um acto reservado unicamente ao Estado”, disse Sissoco Embaló, que depositou coroa de flores junto ao mausoléu Amílcar Cabral.
“Se o PAIGC está a fazê-lo, virá o MADEM-15, o PRS tem o direito, assim como todos os partidos legalizados na República da Guiné-Bissau. Então, para evitar esta bagunçada o acto é meramente da responsabilidade do Estado”, precisou o Presidente guineense.
Esta sexta-feira 20 de Janeiro foi lembrado os 50 anos após o assassinato do “pai das nacionalidades” da Guiné e Cabo Verde, na vizinha república da Guiné Conacri. A data é assinalada como dia dos heróis nacionais em que são organizados vários actos simbólicos, entre os quais, a deposição de coroas de flores junto ao Mausoléu Amílcar Cabral e decorrem várias conferências académicas e políticas sobre os ideias do líder do então movimento Libertador, PAIGC.
Lassana Cassamá