Depois de homens armados terem atacado o Palácio do Governo a 1 de Fevereiro, o colectivo governamental voltou a reunir-se na sua sede em Bissau.
Desde a anunciada tentativa de golpe de Estado, que resultou em 11 mortos, as reuniões do Conselho de Ministros passaram a decorrer no Palácio da República, por razões de segurança.
Em declarações aos jornalistas, no termo da sessão desta quinta-feira 17 de Março, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, garantiu haver segurança. “Da outra vez nos surpreenderam por negligência minha e, sobretudo, por ser um presidente simplista. Não é que a segurança não nos tinha avisado”, declarou o Chefe de Estado guineense.
Umaro Sissoco Embaló precisou ainda: “não acredito que haverá um novo ensaio. Pode haver outro se calhar. Mas em relação à anterior exposição, já tomamos os dispositivos de segurança necessários. Portanto, não creio que vá repetir-se”, vincou o Presidente guineense, adiantando que, doravante, as pessoas vão passar a saber que “o presidente virá aqui, o presidente está aqui e o presidente foi-se embora”.
Questionado sobre a anunciada vinda de uma missão de estabilização militar da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló, assegurou que o assunto está a ser tratado ao nível da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da organização sub-regional. A decisão do envio de uma força para apoiar a estabilização na Guiné-Bissau foi tomada a 04 de Fevereiro durante a cimeira dos chefes de Estado e de Governo realizada em Acra, capital do Gana, onde foi analisada o fenómeno de sucessivos golpes militares na região, incluindo o ataque armado ao palácio do Governo em Bissau.