A “Frente Social”, que agrupa sindicatos dos sectores da educação e de saúde realizou esta terça-feira 27 de Setembro uma manifestação para exigir do Governo guineense o pagamento dos salários em atraso e a revogação dos despachos que os demitiu da função pública.
Na ocasião o porta-voz da “Frente Social”, Yoyo João Correia, admitiu a possibilidade de paralisar os sectores da Educação e Saúde de 10 a 14 de Outubro, caso não haja avanços nas negociações com o Governo.
“Vai depender da dinâmica das negociações, das diligências do Governo e daquilo que os sindicatos acharem prioridade e essencial para os trabalhadores”, assegurou o sindicalista.
Falando perante milhares de manifestantes, o Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), a maior central Sindical guineense, lamentou a “inércia” do Governo guineense.
“Nenhum país do mundo consegue desenvolver sem educação e saúde. Mas quando se tem à frente, gente que não entende, esta é a consequência. Não é segredo que os governantes da Guiné-Bissau furtam de manhã, à tarde e à noite. Não se preocupam com o povo. É por isso que querem negar a educação e saúde ao povo”, disse o líder sindical, Júlio Mendonça.
O Governo guineense, liderado por Nuno Gomes Nabiam impedira a realização de manifestações, justificando com a pandemia de Covid-19. Vários manifestantes determinados em sair às ruas foram vítimas de violência policial. No entanto, na manifestação desta terça-feira não foi registado qualquer incidente.
Mamandin Indjai