A República Popular da China doou ao Governo da Guiné-Bissau 44 tratores e moto cultivadores, bem como 20.400 sacos de fertilizantes e 52 mil sacos de arroz, avaliados em 60 milhões de dólares (53.381.300 euros).
Na cerimónia de receção deste donativo, o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, declarou que a oferta representa um marco decisivo em termos do reforço de capacidades do Governo da Guiné-Bissau no quadro da sua intervenção para a valorização dos recursos do país.
O governante sublinhou que os primeiros recursos a serem valorizados no país irão ser os da agricultura, uma vez que este setor é a base da economia do país. Foi ainda realçado que a maior parte da população guineense vive da agricultura e consagra os seus esforços essenciais na valorização dos produtos agrícolas.
Segundo Aristides Gomes, o referido setor exige a utilização de tecnologias mais dominantes e, para passar à fase seguinte, é necessário a transformação dos dispositivos de intervenção na agricultura. “A cooperação com a China neste momento responde precisamente à esta questão essencial do nosso desenvolvimento”, afirmou.
Por sua vez, o ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural disse que o donativo não é o primeiro do género, frisando que a República Popular da China tem mostrado ser um parceiro económico e financeiro incontestável para a Guiné-Bissau.
Nicolau dos Santos salientou que, na base dessa cooperação no domínio agrícola, uma Missão chinesa trabalha para melhorar e desenvolver o sistema de produção agrícola guineense, sobretudo na melhoria de técnicas e tecnologias de produção de arroz.
“A transformação qualitativa da agricultura hoje é um imperativo para fazer face aos grandes desafios de desenvolvimento socioeconómico e torna-se incontornável no contexto de busca de soluções para a redução da pobreza e da fome e do crescimento económico, através da mecanização gradual de toda a cadeia agrícola”, concluiu.