“A visita do primeiro-ministro [português] deixou os guineenses contentes. Portugal é um país irmão e não um amigo da Guiné-Bissau”, começou por dizer o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, para quem a deslocação de António Costa ao país representa igualmente um sinal forte de solidariedade de Portugal em relação à “tentativa do assassinato do Presidente da República, do Primeiro-ministro, e de mais membros do Governo” a 1 de Fevereiro de 2022.
Para o Chefe de Estado guineense, Portugal é uma “porta de entrada da Guiné-Bissau para Europa, enquanto a Guiné-Bissau representa a porta de entrada de Portugal junto aos países da CEDEAO”.
Como resultado da sua visita, o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou a oferta de um navio para garantir a ligação entre o continente e o arquipélago de Bijagós, apontada como uma das maiores dificuldades que a Guiné-Bissau enfrenta de momento.
Durante a sua estadia em Bissau, António Costa, além do encontro com a comunidade portuguesa residente no país, procedeu à deposição de flores no talhão português, junto ao cemitério municipal da capital guineense, e também o Mausoléu Amílcar Cabral, que se encontra na Fortaleza Amura onde está instalado o Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
Portugal e a Guiné-Bissau têm, desde 13 de Janeiro de 2021, um Programa Estratégico de Cooperação (PEC) para o período 2021-2025. O programa assenta nas áreas da educação, saúde, justiça, segurança e defesa, cultura, assuntos sociais e trabalho, agricultura, pescas, energia e ambiente, infra-estruturas, economia e finanças. É um programa com envelope financeiro indicativo de 60 milhões de euros, podendo ser revisto anualmente.