Os Sindicatos do sector da Educação e da Saúde assinaram esta segunda-feira 12 de Setembro o Acordo Intersindical, uma semana após a suspensão pelo Governo guineense de mais de mil técnicos de Saúde Novos Ingressos.
O acordo tem como objectivo “criar sinergias na luta pelos Direitos laborais e dignificação de servidores públicos, em particular professores e técnicos de Saúde.
A 5 de Setembro, o Governo guineense emitira um despacho em que ordenou a suspensão de entradas de novos funcionários públicos em obediência ao acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a redução do défice do saldo primário nas finanças públicas.
“Continuar o controlo das despesas com impacto na massa salarial, nomeadamente, suspensão de novas admissões, contratações, reclamações, equiparações, promoções, movimentações de pessoal diplomático, mudanças de categoria e toda a cabimentação de verbas”, lê-se no despacho do Primeiro-ministro.
Como consequência, no sector da Saúde mais de mil técnicos Novos Ingressos foram suspensos dos serviços, através do despacho Ministro da Saúde Pública, Dionísio Cumba, o qual deu sem efeito os recrutamentos efectuados em 2021. “Doravante, a admissão dos médicos e paramédicos no sistema da Saúde será feita em função das vagas e mediante um concurso público “, sublinhou o Ministro da Saúde guineense no seu despacho.
Na semana passada, os Sindicatos do sector da Educação e o de Saúde desafiaram o Executivo guineense “a suspender os subsídios milionários aos responsáveis de órgãos da soberania”, ao invés de os mandar para casa.
Mamandin Indjai
(imagem arquivo)