Umaro Sissoco Embaló tomou posse como presidente da República esta quinta-feira 27 de Fevereiro numa unidade hoteleira de Bissau. A investidura do novo presidente foi garantida pelo primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Nuno Gomes Nabiam, na ausência do presidente do parlamento, Cipriano Cassamá.
A cerimónia de empossamento de Umaro Sissoco Embaló como novo presidente da República da Guiné-Bissau contou com a presença do Presidente da República cessante, José Mário Vaz, bem como do primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, Nuno Gomes Nabiam, da segunda vice-presidente Adja Satu Carama, do Procurador-Geral da República e deputados do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) assim como do Partido da Renovação Social (PRS). Na cerimónia, constatou-se a ausência do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, deputados do PAIGC, e do Primeiro-ministro, Aristides Gomes.
Empossado presidente da República, Umaro Sissoco Embaló disse que a sua luta é para dignificar, e melhorar a credibilidade do país e tornar a Guiné-Bissau em “um parceiro útil” no contexto global. Convidou todos actores políticos a “baixar as armas” e prometeu criar um clima de paz, uma terra para todos os guineenses e direitos iguais para todos os cidadãos.
O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá declarara esta quarta-feira 26 de Fevereiro que o parlamento guineense não marcara qualquer data para tomada de posse do presidente eleito Sissoco Embaló, alegando que o contencioso eleitoral está ainda pendente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Para Cipriano Cassamá, só poderá haver empossamento depois da decisão final do Supremo Tribunal de Justiça.
Umaro Sissoco Embaló foi declarado vencedor das eleições presidenciais pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), mas os resultados estão a ser contestados pelo candidato Domingos Simões Pereira que depositou ainda esta semana um novo recurso no Supremo Tribunal de Justiça protestando a forma como a CNE realizou o apuramento nacional, seguindo a ordem do STJ relativa a outro protesto depositado pela candidatura de Simões Pereira.
Sissoco Embaló garantira que iria tomar posse esta quinta-feira 27 de Fevereiro, com ou sem a permissão do parlamento e do Supremo Tribunal de Justiça guineense. O chefe do governo guineense, Aristides Gomes qualificou esta cerimónia de “tentativa de golpe de Estado, com apoio do presidente da República cessante, José Mário Vaz”.
Laurena Carvalho Hamelberg