O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló qualificara de irresponsável a atitude dos juízes Conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau (STJ) no Contencioso Eleitoral despoletado pelo candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, depois da segunda volta das presidenciais de 2019.
Reagindo à decisão dos Conselheiros, de dar por improcedente o recurso do PAIGC e do seu candidato para anular às eleições, Umaro Sissoco Embaló disse que, para ele, não há nenhuma novidade. Lembrou que foi ele quem venceu as eleições e não será nenhum acórdão que o vai legitimar como Presidente de República de todos os guineenses.
Sem rodeios nas suas declarações, Sissoco Embaló condenou severamente a atitude dos magistrados do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que, segundo o Presidente da Republica (PR), foram irresponsáveis e com um comportamento “tendencioso” que poderia ter empurrado o país para uma guerra civil.
“Podemos dar graças a Deus por não termos caído numa guerra. Mas o comportamento dos juízes Conselheiros do STJ, era uma clara indicação para o país cair numa guerra civil”, disse Umaro Siossoco Embaló.
Para o PR, considerar improcedente o recurso de anulação das eleições não constitui qualquer novidade, sobretudo passados quase nove meses das eleições. “Mas quem é que não sabe que venci às eleições? Quem está na Presidência da República? Portanto, tudo isso, são brincadeiras e nada mais”, disse.
Segundo fontes seguras, o recurso de anulação das eleições terá sido considerado improcedente com 7 votos contra e um favor. Esta decisão do STJ é, para vários analistas, um rude golpe para a candidatura de Domingos Simões Pereira que, numa reacção sobre a reunião dos Magistrados, o próprio candidato questionou, se na verdade a instância máxima da justiça guineense “está em condições de pronunciar com isenção sobre o processo eleitoral”.
Árabe na Guiné-Bissau: “Jamais será introduzido”
Outro assunto que mereceu a atenção de Umaro Sissoco Embaló foi a anunciada intenção do ministro da Educação de introduzir o ensino da língua árabe nas escolas públicas. Sissoco Embaló foi categórico e garantiu que não irá promulgar qualquer lei que for aprovada sobre a matéria, tendo sublinhado que: “O árabe não faz parte do nosso curriculum escolar. Jamais será introduzido. Nunca promulgaria alguma lei nesse sentido”.