O Presidente cessante da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, insistiu na necessidade da viabilização financeira para a operacionalização da Força Militar de Intervenção da CEDEAO no combate ao terrorismo e às mudanças anticonstitucionais.
“Gostaria de relembrar o quanto é importante e urgente encararmos outras formas de mobilização de meios financeiros a nível de cada Estado membro, e junto dos parceiros estratégicos, de modo a operacionalizar o nosso Plano de Acção de luta contra o terrorismo (2020-2024), e criar condições necessárias à operacionalização da Força de Intervenção da CEDEAO no combate ao terrorismo e às mudanças anticonstitucionais de Governo”, disse o Chefe de Estado guineense durante a cerimónia de abertura da cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da organização, que decore esta sexta-feira, 09 de Julho, em Bissau.
Umaro Sissoco Embaló vincou que “face aos desafios multiformes e imprevisíveis”, consagrou muito tempo e toda a sua energia a defender os interesses dos Estados Membros da CEDEAO, “através de diversas iniciativas e esforços diplomáticos levados a cabo com a valiosa contribuição dos Mediadores e Enviados Especiais junto de instituições e parceiros estratégicos, de modo a reforçar a Arquitectura da Paz e da Segurança Humana da nossa Sub-região”.
No termo do seu mandato, e em alusão aos contextos políticos na Guiné Conacri, Mali e Burkina Faso, o Presidente guineense, e cessante da CEDEAO, deixou uma mensagem aos “mediadores” nas respectivas “crises”.
“Gostaria (…) de expressar sinceras palavras de agradecimento à Comissão e às outras Instituições da CEDEAO, aos Digníssimos Mediadores nas diferentes crises políticas, pela forma como têm acompanhado os processos de transição política, organização e seguimento dos processos eleitorais regulares, garantindo a implementação dos dispositivos e mecanismos legais que regem o regular funcionamento das instituições democráticas no seio da CEDEAO”, concluiu.
Umaro Sissoco Embaló terminou assim o seu mandato de um ano à frente da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, “um marco importante para a imagem externa da Guiné-Bissau”, tal como consideraram analistas em Bissau.