Guiné-Bissau: Sissoco lamenta na ONU o regresso dos Golpes de Estado em África

Sissoco Embalo na 78ª Sessão da Assembleia Geral da ONU

Úmaro Sissoco Embaló, President of the Republic of Guinea-Bissau, addresses the general debate of the General Assembly’s seventy-eighth session.

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu esta quarta-feira (21.09) na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas o “reforço do multilateralismo e cooperação internacional para o bem-estar de todos” e lamentou o regresso dos Golpes de Estado em África.

“Para a Guiné-Bissau, a melhor resposta aos desafios com os quais a Comunidade Internacional está confrontada, passa pelo reforço do multilateralismo e da cooperação internacional. Para nós o multilateralismo é um instrumento indispensável e um imperativo moral, se, queremos construir juntos um mundo solidário de paz e bem-estar para todos”, observou o chefe de Estado guineense.

Sissoco Embaló disse ainda que “é preciso introduzir as mudanças necessárias na arquitetura da paz, da segurança internacional e no sistema financeiro mundial” para conseguir dar resposta à atual conjuntura internacional.

“A reforma do Conselho de Segurança, de que há muito se considera como necessária, deverá tomar em conta a posição da União Africana, a fim de garantir uma representação realista e mais justa, em adequação com o papel cada vez mais preponderante da África na construção e manutenção do equilíbrio do mundo”, destacou.

O presidente guineense disse ainda na ocasião que “espera-se das ações concertadas com vista a concretização das nossas decisões, tais como: a realização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a “Agenda 2063”.

“É preciso cumprir os acordos de Paris e da COP 27, incluindo o fundo de perda e danos para países vulneráveis, particularmente os insulares como o meu pais a Guiné-Bissau”, realçou.

Sissoco Embaló lamentou o regresso de Golpes de Estado e retrocesso da democracia na África.

“Queremos realçar a nossa grande preocupação perante o ressurgimento de golpes de estado e o retrocesso da Democracia e do Estado de Direito em alguns países da nossa sub-região, em flagrante violação da livre escolha das populações expressa nas urnas”, disse.

Sobre o tema da saúde, Sissoco Embaló lembrou que está a chefiar a Aliança de Líderes Africanos contra a Malária, que para ele continua a ser a prioridade da organização.

“Como sabem, faz um ano que assumi o cargo de Presidente da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária. Como Chefes de Estado e de Governo, continuamos em África a dar prioridade à luta contra a malária. Graças a esse esforço, mais de 1,5 mil milhões de casos de malária foram evitados e 10,5 milhões de vidas foram salvas em África desde do ano 2000”, disse o chefe de Estado guineense.

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