O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita oficial na Guiné-Bissau desde princípio da noite desta segunda-feira, 17 de Maio, tentou equilibrar e abrandar os protestos sobre a sua visita. Com duas horas de atraso, em relação a hora prevista, Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido no Aeroporto Osvaldo Vieira, pela ministra do Estado e dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa.
Do aeroporto, Marcelo Rebelo de Sousa seguiu para o Hotel onde ficou alojado ao lado da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau. Durante o percurso o presidente português recebeu o entusiasmo e manifesto de afecto dos guineenses que aguardavam nas ruas a passagem do chefe de Estado luso que optou por efectuar o trajecto num ritmo lento, demorando cerca duas horas para percorrer 7 km.
O cortejo presidencial parou a meio do percurso para o presidente português poder saudar milhares de cidadãos que saíram a rua ao som de tambores, danças tradicionais e outras formas de manifestação de alegria para saudar a sua chegada. Durante todo o percurso ouvia-se o som dos tambores, aplausos e alguns gritos de viva a Marcelo Rebelo de Sousa, sons que ofuscaram alguns protestos a esta visita oficial.
Dois dias antes de Marcelo Rebelo de Sousa partir para Cabo Verde, um grupo de guineenses residentes em Portugal manifestou-se junto do Palácio de Belém para criticar a visita do Chefe de Estado português a Guiné-Bissau, que os manifestantes consideram inoportuna devido à situação política na Guiné-Bissau e situação dos direitos humanos.
O Presidente português ouviu os protestos e recebeu os manifestantes no Palácio de Belém, a quem disse que entre os vários temas que iria abordar Bissau seria a questão dos direitos humanos assim como prometeu ajudar na observância das normas. Chegado à Guiné-Bissau o Presidente português optou por um discurso equilibrado sem ferir susceptibilidades politicas de um campo e outro.
Os protestos em Lisboa e Bissau contaram com o apoio e incitação do PAIGC, cujo candidato às presidenciais, e líder do partido, saiu derrotado nas eleições presidenciais face a Umaro Sissoco Embaló e após o PAIGC ter sido o vencedor das eleições legislativas de 10 de Março de 2019.
No meio dos protestos, o PAIGC entregou uma nota à embaixada de Portugal a contestar a visita do chefe de Estado luso, e a informar que não tomaria parte na sessão parlamentar em que Marcelo Rebelo de Sousa deverá discursar.
“É muito importante que haja liberdade de imprensa”
No mausoléu Amílcar Cabral, na fortaleza de Amura em Bissau, pouco depois da deposição de coroas de flores nas campas de Amílcar Cabral e Nino Vieira, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou aos jornalistas que com a sua visita pretende fortalecer as relações entre os dois países. Questionado sobre a questão dos direitos humanos e liberdade de expressão, o Presidente luso vincou que, num quadro democrático e de Estado de Direito, “é muito importante que haja liberdade de imprensa”.
One Comment
Professor-Doutor J.P. Galhano Alves,
Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa e Professor-Doutor pela Universidade de Lisboa, é um Gênio, um Grande Democrata, um Grande Socialista-Democrstico, um garante do Estado de Direito, das Liberdades e dos Direitos e Deveres do Povo Português e do Mundo, um autêntico irmão do Povo e dos mais pobres e marginalizados, e agora em Cabo Verde e Guiné Bissau prova ser também um feroz inimigo do colonialismo, neo-colonialismo ou racismo étnico ou social. Eu sou Anarquista, Situacionista e Totalmente Monárquico, mas votei em Sua Excelência como único garante da estabilidade democrática na situação actual. O país deve-lhe muito e deverá ser enterrado (que tenha uma longa vida) no Panteão Nacional. Deverá também receber a Cruz da Ordem do Infante. A sua visita de Honra ao túmulo do Grande Amilcar Cabral foi um facto marcante na História de Portugal e deve ser explicada a todas as crianças e jovens de Portugal e da lusofonia. Viva Portugal e a Ibéria e Cabo Verde e a Guiné Bissau !!!
Tenho dito.
18 de Maio de 2021, Porto (ex-Galhae), Galhano.