O Movimento das Forças Democráticas da Casamansa (MFDC), organização armada independentista chefiada por Salif Sadio (na foto), denunciou através de um comunicado que mais de 200 “mercenários da Guiné-Bissau” estão a operar juntamente com as tropas senegalesas no norte da Casamansa, numa ofensiva contra os bastiões do MFDC.
Segundo o movimento independentista da Casamansa pelo menos “nove soldados senegaleses que foram mortos são de origem da Guiné-Bissau” e “três feridos foram identificados como da Guiné-Bissau, recrutados inicialmente para garantirem a protecção de Umaro Sissoco Embalo, mas que estão actualmente em operações com o exército do Senegal na Casamansa”, acusou o MFDC.
O movimento independentista da Casamansa acusou também a Gâmbia de facilitar a utilização do seu território para a ofensiva das tropas senegalesas, apoiadas por “mercenários Bissau-guineenses” nas acções contra as posições do MFDC no norte da Casamansa, e sublinhou que reserva o direito de “perseguir o inimigo de onde ele opera, considerando todo o país que se implica de qualquer maneira no conflito como um acto de declaração de guerra contra a Casamansa”.
Este domingo 13 de Março, o Senegal lançou uma importante ofensiva no norte da Casamansa, tendo como objectivo desmantelar as bases do MFDC de Salif Sadio instaladas ao longo da fronteira com a Gâmbia.