Juntas militares não vão discursar mais nas Nações Unidas, garantiu Sissoco Embaló

O presidente guineense e presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, disse que, doravante, as juntas militares não vão discursar na Assembleia geral das Nações Unidas. “É a última vez que os governos de juntas militares vão discursar na tribuna das Nações Unidas. É um assunto consensual e já foi formalizado um pedido que também foi aceite”, precisou o presidente guineense. 

Sissoco Embaló advertiu ainda que esta semana será “crucial” na sub-região da África Ocidental. “Na nossa sub-região, está semana será crucial. Vamos esperar os chefes de estados voltarem todos de Nova Iorque. Já convocamos uma reunião da CEDEAO  com os parceiros bilaterais, nomeadamente, França, Alemanha, Espanha e Portugal, e mais dois países africanos, neste caso a Mauritânia e o Chade”. 

O presidente guineense admitiu que será reactivado o ECOMOC, “braço  armado” da CEDEAO para contrariar as tendências de assunção de poder por parte dos militares dando assim um passo para a “força anti Golpe” que já sugerira. 

À margem da última Assembleia geral das Nações Unidas, numa entrevista a um órgão comunicação social, Umaro Sissoco Embaló advertira de “pesadas sanções” contra a junta militar na Guiné Conacri, caso esta ultrapassar dois anos do período de transição.  Uma declaração que suscitou uma forte reacção das autoridades em Conacri, que qualificaram o chefe de Estado da Guiné-Bissau de um “fantoche sob manto de presidente”. 

Mamandin Indjai

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