O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou “inaceitável” que houvesse rumores de guineenses barrados à entrada dos aeroportos em Cabo Verde, país onde se encontra. A visita oficial teve início nesta quinta-feira, 08 de julho, e o governante irá regressar ao seu país no domingo, dia 11.
Sissoco Embaló pediu então “reciprocidade” no tratamento dos guineenses em Cabo Verde, principalmente na regularização e obtenção de documentos. “Pela nossa história, a reciprocidade é muito importante. Se [um cabo-verdiano] nasce na Guiné, é guineense, de igual forma que guineense que nasceu ou está aqui, é cabo-verdiano. Nosso povo irmão. Isso é muito importante”, declarou.
As afirmações foram feitas na cidade da Praia, em conferência de imprensa. No local estava igualmente presente o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, que ouviu o seu homólogo guineense apontar o maior problema enfrentado pela comunidade guineense em Cabo Verde. Segundo o próprio, trata-se do acesso aos serviços de regularização e obtenção de documentos, apesar de muitos dos visados viverem há mais de 10 ou 20 anos no arquipélago.
“Isso na Guiné era inimaginável com um cabo-verdiano. Um senegalês ou outros povos irmãos não têm um mesmo estatuto que os cabo-verdianos na Guiné”, realçou Sissoco.
“Não é questão dos partidos que estão no poder, em Cabo Verde ou na Guiné, penso que temos que ultrapassar isso”, acrescentou.