No momento em que está tudo por decidir ao nível da governação e que as alianças políticas tenderão a ser ajustadas, emergem acusações de envolvimento do Primeiro Ministro, Nuno Na Bian, no negócio de abate e venda clandestina de madeira, uma vez mais envolvendo atores chineses, principais responsáveis pela depredação do património florestal guineense.
Se já no passado havia suspeita de conluio de chineses com personalidades políticas guineenses, num negócio de devastação do parque florestal que o então Primeiro-ministro Domingos Simões Pereira tentou travar, recuperam-se agora as acusações e suspeitas do envolvimento do atual Primeiro-ministro.
Contudo e segundo as acusações Na Bian não estará isolado, pois de novo se fala em envolvimento de elementos do Madem e das Forças Armadas.
Ainda que não existam dados objetivos e provas publicamente divulgadas sobre culpas e cumplicidades, os guineenses perguntam se o Presidente Umaro Sissoko terá finalmente a capacidade de cumprir as promessas eleitorais de luta contra a corrupção e de levar a justiça os responsáveis pelo crime ecológico que afronta o povo, dependente da riqueza dos recursos florestais, e o património estratégico da Guiné? Ou será que, uma vez mais, os rumores a circular não passam de uma manobra política para afastar adversários e ou aliados indesejáveis?