Aumento das denúncias dos moradores de Bissau, capital guineense, sobre rusgas domiciliares levadas a cabo por homens armados com uniformes militares.
“Bateram-se à porta quando eram 1 hora da madrugada. Perguntei, disseram que eram policiais. Mas quando abri a porta, vi homens com uniformes militares que me disseram que vieram a mando do Estado Maior General das Forças Armadas”, testemunhou uma cidadã cuja casa foi revistada na madrugada deste domingo 13 de Fevereiro.
De acordo ainda com a mesma testemunha, um dos homens exibiu cartão militar, quando os perguntou do mandado judicial. “Deixei-os entrar, quando um deles me apresentou a peça de identificação militar”, refere.
“Eu senti os passos e até pensei que eram assaltantes. Mas depois de baterem à porta e identificarem-se, perdi o medo e abri logo a porta. Eles foram educados comigo”, relata um jovem, cuja moradia foi igualmente revistada pelos homens armados.
Desde 1 de Fevereiro de 2022 que o clima de tensão subiu na Guiné-Bissau, com operações de busca dos alegados implicados no ataque ao palácio do Governo. Não só as residências que estão a ser alvo de rusgas, mas também os veículos que saem de Bissau para o interior do país estão a ser revistados pelas forças de defesa e segurança, enquanto decorre o inquérito para apurar os implicados na tentativa de golpe de Estado a 1 de Fevereiro.
(foto arquivo)