Durante a noite de 27 para 28 de dezembro a forças de segurança da Guiné Equatorial supostamente evitaram um Golpe de Estado contra o presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.
Segundo a versão oficial de Malabo, entre 30 a 50 “mercenários” chadianos, camaroneses e centro-africanos detidos no sul dos Camarões pretendiam penetrar na Guiné Equatorial para participar num Golpe de Estado. Estes mercenários eram presumivelmente chefiados por um militar próximo de Gabriel Nse Obiang Obono, presidente do partido da oposição na Guiné Equatorial, Cidadãos pela Inovação (CI), que conta com um assento na Assembleia nacional.
A suposta tentativa de Golpe de Estado levou o regime de Teodoro Obiang a proceder à detenção de cerca de 50 militantes do partido CI.
Segundo Nse Obiang Obono mais de uma centena de militantes do seu partido que receiam ser detidos refugiaram-se na sede do CI. O mesmo responsável da oposição acusa o regime de Malabo de ter iniciado “uma perseguição politica” contra os militantes do CI.
A Coligação CORED, que agrupa 19 partidos políticos e associações no exílio, acusam Teodoro Obiang de “simulacro de Golpe de Estado” que considera ser “uma estratégia do ditador para justificar a detenções arbitrárias, tortura dos opositores e sua execução”.