A Guiné Equatorial alargou nesta segunda-feira, 30 de março, as medidas de contenção do novo coronavírus (Covid-19) aos distritos da parte continental do país. A decisão foi tomada numa reunião governamental presidida pelo vice-presidente da República, Teodoro Nguema Obiang Mangue.
Esta resolução foi feita após o registo do número crescente de casos existentes nos países vizinhos da Guiné Equatorial, que, até ao momento, confirmou 14 casos de Covid-19. Neste contexto, o vice-presidente convocou novamente os membros do Governo que compõem o Comité Político para reforçar as medidas de contenção contra a pandemia.
“Com o aumento de novos casos positivos atualmente no território nacional, achei necessário convocar esta reunião para adicionar mais medidas de prevenção, além das já decretadas no país”, declarou o também filho do Presidente da República, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.
Para garantir a saúde no país, o governante propôs várias medidas aos membros do Governo, entre as quais o isolamento de todos os distritos do continente em um período prolongado de 14 dias.
O responsável pela Defesa e Segurança propôs estudar a possibilidade de reduzir os preços do consumo de eletricidade e combustível, de maneira a ajudar o povo durante o período de confinamento, além do suprimento de necessidades básicas e loiças sanitárias para as ilhas de Annobon e Corisco.
Obiang Mangue pediu ainda aos responsáveis do Ministério do Comércio que garantam os preços das necessidades básicas para evitar o aumento excessivo.
“Onde há um risco maior é na região continental”, disse à imprensa o primeiro-ministro, Francisco Pascual Obama Asue, explicando que os casos de infeção local apareceram nessa zona.
“Os casos que apareceram em Malabo são casos de infeção importada, pessoas que vieram do exterior. Mas em Bata, por negligência, o vírus foi transmitido para mais pessoas. Estamos à procura dos surtos, onde essas pessoas teriam chegado, ou os distritos para onde teriam ido, para também cercar esses lugares, para que a propagação do vírus não possa continuar”, acrescentou.
Haverá forte vigilância em todas as fronteiras do continente com os países vizinhos, uma vez que as pessoas infiltram-se regularmente nas zonas limítrofes da região continental do país.