As autoridades equato-guineenses preveem que o país registe em 2020 uma quebra entre 5,8% e 8,9% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo tal consequência dos impactos causados pela Covid-19 na economia.
As previsões, que foram apresentadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INEGE), indicam um desaceleramento económico superior aos 5,5% estimados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Guiné Equatorial.
Num primeiro cenário macroeconómico, classificado como “otimista”, o INEGE projeta uma queda do PIB real de 5,8% neste ano, num contexto em que o PIB do petróleo se contraria 7,2% em resultado da quebra do preço internacional do barril de Brent.
O PIB não petrolífero cairia, neste cenário, 4,7% fruto das quebras na construção e nos serviços e comércio, bastante afetado pelas medidas de confinamento.
No segundo cenário, considerado “pessimista”, projeta-se uma quebra do PIB real de 8,9%.
Neste caso, o INEGE estima uma redução do PIB do petróleo de 12,5% e do PIB não petrolífero de 5,3%, prevendo também um efeito negativo “muito significativo” da pandemia do novo coronavírus nas finanças públicas do país, que continuam “altamente dependentes das receitas do petróleo”.
Nos últimos três anos, em média, 80% das receitas públicas vêm das receitas do petróleo. Atualmente, o baixo preço do barril de crude combinado com a quebra da produção de petróleo suporia uma redução de 24% nas receitas públicas em 2020 em comparação com o ano anterior, de acordo com o Ministério das Finanças, Economia e Planeamento.