A Guiné Equatorial tinha chegado a acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no final de 2019, sobre um programa de resgate financeiro de 282,8 milhões de dólares (cerca de 231 milhões de euros). No entanto, devido à corrupção verificada no país, acabou por receber apenas 40 milhões de dólares (quase 33 milhões de euros).
Segundo a “The Economist”, revista semanal britânica, a Guiné Equatorial já podia ter recebido mais verbas de apoio do FMI “se fizesse alguma coisa sobre a corrupção”.
“Mais de um ano depois de ter sido prometido um resgate, o pequeno ‘petroestado’ da Guiné Equatorial ainda está para ver a maior parte do dinheiro com o qual esperara reavivar a economia”, lê-se na referida publicação.
Este empréstimo do FMI ao abrigo do Programa de Financiamento Ampliado terá então sido dado de forma “relutante”, devido à oposição das organizações não governamentais e dos grupos de Direitos Humanos, que consideram o país “um poço sem fundo de corrupção”.
“Eles têm razão, a gestão do governo das receitas do petróleo e gás é opaca e publicam poucas estatísticas sobre a economia e quase não há nenhum dos freios e contra freios que responsabilizam o governo: os opositores políticos são repetidamente presos e torturados, e não há imprensa independente para escrutinar o governo ou a sua despesa”, pode ainda ler-se na revista britânica.