A Convergência para a Democracia Social (CPDS), partido da oposição na Guiné Equatorial, denunciou nesta segunda-feira, 06 de janeiro, aquilo que classifica de condições desumanas em que se encontra o ativista Joaquín Eló Ayeto, que se encontra detido desde 25 de fevereiro do ano passado.
A formação política desconfia que o visado tenha sido torturado novamente, adiantando em comunicado que, de acordo com as informações recebidas da prisão de Black Beach, o militante do partido e ativista “está fechado numa cela minúscula, sem condições de higiene e incomunicável desde 02 de janeiro”.
“As mesmas fontes suspeitam que tenha sido novamente torturado”, pode ainda ler-se.
O CPDS reiterou que a detenção de Joaquín Eló foi arbitrária e que o ativista tem sido torturado desde então, sendo acusado de ter participado numa alegada conspiração para assassinar o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang. No entanto, essas acusações continuam a ser negadas pelo partido ao qual pertence.
A organização política recordou também que Joaquín Eló foi julgado a 21 de novembro num processo que considera “vergonhoso”, uma vez que “não houve qualquer acusação clara contra ele, provas, testemunhas ou sequer a presença do general que o acusou”.
No comunicado, o CPDS frisou que a sentença do processo ainda não foi decretada por alegadamente o juiz “continuar a aguardar instruções de uma autoridade superior”, mencionando assim que este caso “é mais uma prova da ausência do Estado de direito” no regime de Obiang, sob o qual os “direitos humanos são violados sistematicamente” na Guiné Equatorial.