A Embaixada da Guiné Equatorial em Lisboa criticou os dados constantes do último relatório da Amnistia Internacional sobre os Direitos Humanos naquele país, em especial a ligação entre alegados abusos e o estado de emergência devido ao combate à COVID-19.
Em nota de imprensa, a embaixada crítica a inserção da notícia dos resultados do relatório da Amnistia Internacional na secção “Coronavirus”, afirmando que “nada no relatório da Amnistia Internacional indica “abusos e detenções arbitrárias” durante a vigência do estado de emergência causado pela actual pandemia”.
O comunicado menciona também que a Guiné Equatorial foi um dos primeiros a enviar auxílio para a China no início do surto na cidade de Wuhan e que em estreita colaboração com o Governo português providenciou a repatriação de cidadãos portugueses retidos no país, após o fecho das fronteiras. A embaixada afirma também quem avião de uma companhia francesa que posou em Malabo não ia levar vacinas contra a Covid-19, como foi sugerido nas redes sociais, mas sim transportar cidadãos franceses de volta para o seu país.
Recorde-se que o relatório da Aministia Internacional, apresentado na última quarta-feira, alertou para a existência de casos de abusos, intimidação e detenções arbitrárias na Guiné Equatorial, e apontou uma “total falta de independência” do setor judicial face ao Governo.