A empresa britânica Economist Intelligence Unit (EIU) afirmou nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, que a Guiné Equatorial deverá conseguir atrair muito investimento externo para o setor do petróleo e gás em 2020, tendo apelidado o mesmo como o ‘Ano do Investimento’, na sequência do ‘Ano da Energia’.
“O Ano do Investimento 2020 na Guiné Equatorial pode ganhar fôlego na sequência do sucesso do Ano da Energia, em 2019, e angariar com sucesso o muito necessário investimento direto estrangeiro”, escrevem os peritos da unidade de análise da revista britânica “The Economist”.
A EIU lembrou, através de um comentário enviado aos investidores, o interesse manifestado por grandes petrolíferas mundiais, entre as quais a francesa Trident, a norte-americana Marathon Oil e várias da Rússia, realçando assim que tal indica que a estratégia seguida pelo Governo equato-guineense está correta.
No entanto, frisaram igualmente que “o verdadeiro desafio para o Governo será conseguir implementar o plano que pretende colocar o país como uma plataforma regional de gás, através do processamento do gás dos seus poços Alen e Aseng, a este da ilha de Bioko, usando-os para potenciar o complexo petroquímico de Punta Europa e, mais importante, ligando Punta Europa com os poços na costa da Nigéria e dos Camarões”.
A EIU acrescentou que a campanha lançada no ano passado pelo Governo da Guiné Equatorial para se destacar no panorama internacional na área do petróleo e gás, angariando investimentos, está a resultar, continuando este ano com diversas iniciativas, como a Exposição e Fórum sobre Investimento no Petróleo Africano, agendados para 01 e 02 de abril, o Oil & Gas Meeting Day, para 01 e 02 de junho, e o Fórum Económico Africano, que decorrerá de 24 a 25 de novembro.
“O leilão no final do ano passado, que resultou em 27 acordos assinados em janeiro, revelou forte procura pelos ativos ao largo da costa e indica que a estratégia de Malabo para reverter o declínio nas receitas petrolíferas é o acertado”, finalizam os analistas.