O ministro equato-guineense da Aviação Civil, Leandro Miko Angüe, concedeu autorizações privadas, tendo ignorado assim a proibição de voos internacionais, de acordo com o “Diario Rombe”.
A publicação indica que fontes próximas do Comité Técnico de Resposta e Vigilância contra a Covid-19 dizem que vários dignitários do Estado da Guiné Equatorial estão a desconsiderar as medidas preventivas anunciadas pelo Governo a 12 de março, que visam combater a pandemia do novo coronavírus. Essas medidas incluem o cancelamento de todos os voos internacionais durante os próximos 30 dias.
Neste âmbito, o Comité questionou a eficácia do Governo na aplicação das medidas preventivas impostas a todos os cidadãos sem distinção social, uma vez que conhece a falta de rigor e de imparcialidade na aplicação das leis no país, sublinhando que tal não existe da mesma maneira para todas as pessoas.
Apesar das restrições obrigatórias que entraram em vigor a 15 de março, proibindo voos internacionais de companhias aéreas como a Air France, Air Maroc, Ethiopian Airlines e Lufthansa, entre outras, Miko Angüe está, alegadamente, a permitir autorizações às personalidades mais poderosas do Estado.
Fontes não oficiais do Ministério da Aviação Civil confirmaram que aviões particulares dessas personalidades estão a pousar no aeroporto de Malabo, capital do país, e recusam submeter-se às normas de saúde que exigem pelo menos 14 dias em quarentena.
Recorde-se que a Guiné Equatorial já tem, pelo menos, três casos confirmados de coronavírus. Os indivíduos que testaram positivo são uma mulher e um homem da Guiné Equatorial e também um cidadão de nacionalidade espanhola, que chegou a Malabo a 13 de março, a bordo do voo da empresa nacional Ceiba Intercontinental Madrid-Malabo.