O presidente do partido equato-guineense Cidadãos para a Inovação (CI), Gabriel Nsé Obiang, foi detido nesta quinta-feira, 29 de setembro. A detenção terá decorrido depois de agentes da polícia terem atacado a sede do a formação política da oposição, ilegalizada em 2018.
As autoridades cercaram a sede durante vários dias, segundo a televisão estatal TVGE. Depois a polícia lançou uma operação em que usou gás lacrimogéneo.
No decorrer desse acontecimento, um agente foi morto “a tiros por um apoiante de [Gabriel Nsé] Obiang” e vários ficaram feridos. O dirigente acabou por ser detido juntamente com apoiantes do CI e foram transferidos para as instalações da Brigada da Polícia Judiciária de Malabo, capital do país.
O motivo da prisão deve-se, alegadamente, ao facto de o político ter recusado comparecer numa reunião com o Ministério Público a 21 de setembro “para apurar fatos que, se verificados, poderiam constituir crimes graves”, informa a TVGE.
Nsé Obiang publicou na rede social Twitter a 20 de setembro que o Presidente da República, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, “quer a minha eliminação política e física no meu país”.
Segundo o próprio, o motivo deve-se ao facto de o chefe de Estado saber “que desta vez quero apresentar a minha candidatura à presidência da Guiné Equatorial, vencendo-o nas urnas e, para o evitar, ordenou aos seus procuradores políticos que façam uma falsa acusação contra mim”.