O Presidente da República da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, defendeu-se nesta quinta-feira, 25 de novembro, de acusações de ativistas e de organizações de defesa dos direitos humanos sobre uma alegada onda de detenções arbitrárias de migrantes no último mês.
“A polícia controla constantemente os migrantes para que justifiquem a documentação, mas isso não quer dizer que os esteja a maltratar”, afirmou, citado pela “Lusa”.
A declaração foi dada durante uma rara conferência de imprensa, realizada em Bata, perante meios de comunicação internacionais. “Não temos uma situação como a da Líbia, não há violações contra as pessoas”, acrescentou.
A investigadora para África Central da Amnistia Internacional, Marta Colomer, mencionou à agência “EFE” que fontes no terreno lhe relataram que no início do mês ocorreu uma operação em massa contra cidadãos estrangeiros. Estes terão sido, alegadamente, detidos em condições precárias num polidesportivo de Malabo, capital equato-guineense.
Neste âmbito, a Embaixada de Portugal na Guiné Equatorial decidiu pedir, “institucionalmente, esclarecimentos” acerca do processo de repatriamento de “estrangeiros ilegais”. Segundo fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, “não se verificou, até ao momento, a detenção de qualquer cidadão português no âmbito do processo” de repatriamento de cidadãos estrangeiros em situação ilegal na Guiné Equatorial.