O Presidente equato-guineense, Teodoro Obiang, evitou falar na sua “sucessão” durante uma rara conferência de imprensa em Bata, realizada nesta quinta-feira, 25 de novembro. O governante está no poder desde 1979.
“No que diz respeito à permanência no poder é preciso saber que, num estado de democracia, não é bom falar de sucessão como se fosse uma herança”, afirmou, citado pela “Lusa”.
Segundo o dirigente, ocorrerá uma “alternância” própria de uma democracia. No entanto, de acordo com analistas, a sua sucessão poderá vir a ser disputada entre dois dos seus filhos, ambos atualmente com cargos importantes no Governo.
Um deles é o vice-presidente e responsável pela segurança nacional, Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como “Teodorín”. Existe também Gabriel Mbega Obiang Lima, ministro das Minas e Hidrocarbonetos. A Constituição favorece o primeiro, ao estabelecer que o vice-presidente deve assumir o cargo em caso de demissão, incapacidade ou morte do chefe de Estado.
Obiang falou à imprensa, nacional e internacional, depois do encerramento do VII Congresso Nacional Ordinário do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), que se encontra no poder e do qual é presidente fundador.
O político lembrou que, desde a última reforma constitucional de 2011, há um limite de dois mandatos presidenciais, que não tem efeitos retroativos. “Por isso ainda tenho a possibilidade de me apresentar como candidato, se o povo assim o quiser”, deixou no ar.