Apenas um em cada cinco alunos de português no estrangeiro identifica a Guiné Equatorial como sendo um país de língua oficial portuguesa. Esta é a conclusão de um inquérito que revela o interesse crescente pelo ensino do idioma como segunda língua.
O inquérito, que integra o estudo “A língua portuguesa como ativo global” e que é coordenado pelo investigador do ISCTE Luís Reto para o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, recupera os resultados de outro inquérito realizado em 2008, já publicados anteriormente, e combina-os com novos dados de inquéritos realizados em 2016/17 e 2018.
No total, os três inquéritos envolveram mais de 2.600 estudantes de português da rede do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua em quase 50 países e de 56 nacionalidades.
Além de conhecer o uso que os alunos fazem do português e os motivos que os levaram a optar por aprender a disciplina, o inquérito teve também o objetivo de medir a valorização da língua portuguesa por parte dos estudantes estrangeiros e ainda de conferir os conhecimentos sobre vários aspectos relacionados com o idioma.
Nesse âmbito, foi questionado em quantos países o português é língua oficial, tendo 31,4% dos estudantes respondido oito países, em vez dos nove que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Quanto à identificação dos países, Brasil (80,4%) e Portugal (78,2%) foram aqueles que mais estudantes conseguiram identificar. Já Moçambique (68,5%), Cabo Verde (67,5%), São Tomé e Príncipe (57,8%), Guiné-Bissau (55,5%) e Timor-Leste (55,3%) foram identificados por mais de metade dos estudantes.
Por sua vez, menos de metade dos alunos (39,2%) conseguiu identificar Angola e menos de um quinto (18%) indicou a Guiné Equatorial como sendo o nono país de língua oficial portuguesa.
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