As luvas do falecido cantor Michael Jackson vão ser usadas para ajudar a pagar as vacinas contra a Covid-19 da Guiné Equatorial. Recorde-se que as mesmas foram confiscadas nos Estados Unidos da América (EUA), juntamente com outros bens adquiridos pelo Vice-Presidente equato-guineense, Teodoro Nguema Obiang Mangue.
Esta informação foi divulgada pelo Departamento de Justiça nos EUA. No total, foram confiscados 27 milhões de dólares norte-americanos (23 milhões de euros), que correspondem a viaturas de luxo e a um par de luvas revestidas com jóias, tendo estas pertencido a Michael Jackson.
O acessório do “Rei do Pop” está avaliado em 275 mil dólares (234 mil euros). A decisão de usar essa quantia em vacinas contra a Covid-19 surge depois de um acordo de confisco de 2014 entre os EUA e Teodoro Obiang Mangue, filho do Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.
Apesar de continuar a contestar as reivindicações, o político é acusado de adquirir ativos no país com ganhos ilícitos. O dinheiro que não for para as vacinas irá ser dado a uma instituição de caridade com sede nos EUA “para a compra e distribuição de remédios e suprimentos médicos em toda a Guiné Equatorial”, de acordo com o juiz do departamento de Justiça.
Ao fazer um acordo com o governo dos EUA, Teodoro Mangue “foi obrigado a vender uma mansão em Malibu, Califórnia, que ele comprou por US$ 30 milhões [25 milhões de euros], um automóvel Ferrari e vários itens de colecionador de Michael Jackson, e a contribuir com US$ 1 milhão [852 mil euros] representando o valor de outra propriedade”, lê-se ainda no comunicado.