O projeto do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, não tem apoio do
Ministério do Meio Ambiente, contradizendo a posição adotada na
COP26. Trata-se da única resistência ao projeto, que consegue unir o
apoio tanto de oposicionistas quanto governistas. O principal
obstáculo para votação no momento é o Ministério do Meio Ambiente,
conforme conta seu autor.
O projeto recebe amplo apoio da oposição na Câmara dos Deputados,
conforme o líder do bloco, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). “É
fundamental que a gente avance nessa direção, o mundo inteiro caminha
nesse sentido. É preciso não apenas criar o mercado de carbono, como
também criar uma taxação sobre mercados poluentes”, defende.
Na ala governista, Marcelo Ramos também reconhece forte apoio vindo da
relatora Carla Zambelli (PSL-SP). “Não posso deixar de registrar o
esforço, dedicação e lealdade no diálogo da relatora”, declarou. O
único foco de resistência para sua tramitação vem de uma
instituição que, em diversos momentos da COP26, afirmou defender a
regulação do mercado de carbono: o Ministério do Meio Ambiente.
“É surrealista que, havendo acordo na Câmara entre situação e
oposição para a votação, o empecilho venha justamente do Ministério
do Meio Ambiente”, protesta Marcelo Ramos. O projeto já foi posto em
pauta duas vezes na Câmara, mas foi retirado em uma das vezes a pedido
de Joaquim Leite, que não justificou ao deputado ou à relatora o
motivo do pedido.
Carlos Vasconcelos – Correspondente
Mercado de carbono no Brasil tem apoio do parlamento, mas depois de apoiar na COP26, Ministério do Meio Ambiente é contra
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