Enquanto exercia a sua atividade de taxista, no passado sábado (10), na cidade de Nampula, o ativista social e político Joaquim Pachoneia, mais conhecido por “Jota”, foi ser levado por agentes da Polícia da República de Moçambique, sem no entanto apresentarem mandado de captura emitido pelo tribunal competente.
No domingo, o Chefe das Relações Públicas no Comando Provincial da PRM em Nampula, Dércio Samuel, justificou que o ativista “Jota” tem estado a produzir, de forma sistemática, vídeos que são partilhados nas redes sociais, alegadamente incitando à violência contra os órgãos do Estado.
Dércio Samuel acusa o jovem ativista de 36 anos de insultar o chefe do Estado e os membros da Polícia da República de Moçambique, considerando que ultrapassou os níveis da liberdade de expressão.
“Nos vídeos do mesmo, para além de incentivar jovens à violência, profere insultos de vária ordem contra a figura do Chefe de Estado e liderança da PRM. Num dos vídeos inclusive, chega a chamar aos membros da PRM de cães de raça, que não pensam e que só agem em cumprimento das ordens do seu dono”, justificou.
Após a tomada de posse dos presidentes dos Conselhos Municipais, o ativista social e político Joaquim Pachoneia, criticou o ato em gesto de manifestação da sua indignação pela forma como as últimas eleições foram geridas. Em Moçambique, várias vozes se opuseram manifestando a sua indignação individual e coletiva face aos resultados eleitorais.
A atitude da PRM está a ser criticada por ativistas sociais e políticos em todo o país, aconselhando que a corporação se devia ocupar de assuntos sérios que lesam o Estado, por exemplo, os raptos, o terrorismo e outros crimes organizados e não a perseguição de ativistas, assim como impedimento da liberdade de expressão.