No distrito de Palma, onde vai decorrer o milionário projecto de exploração do Gás liquefeito, em África, pela multinacional francesa, Total Energies, em Cabo Delgado, particularmente na Vila sede, a vida está a retomar a normalidade.
Nos últimos dias, nota-se no terreno, regresso cada vez mais de pessoas que tinham se deslocado em outras regiões de Cabo Delgado e Nampula.
Algumas empresas e instâncias turísticas também já começaram a reconstruir os danos causados no ataque de 24 de março de 2021. Palma Residences é uma das instâncias turísticas que está no terreno.
A população que já usa a estrada Palma-Mocimboa da praia (80 quilómetros) e até a vila de Mueda, sem escolta militar, diz que a presença das tropas ruandesas em colaboração com as moçambicanas, está a contribuir para a normalidade.
Esta semana, o governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, que trabalha na região norte da província, ressaltou que os mega-projetos hão-de regressar naquele distrito, mas para isso, primeiro devem ser restabelecidos os serviços públicos.
“Dizer vos que as actividades de Administração e comércio vão retomar, viemos via terrestre porque temos conhecimento de que a nossa população já esta a voltar nas suas aldeias de forma gradual” disse Tauabo.
Neste momento, além de comércio de pequena escala, a actividade pesqueira continua a convidar pequenos comerciantes à vila de Palma, sendo que o pescado é o principal produto actualmente sai de Palma para outros distritos como Mueda, Montepuez e cidade de Pemba.
Além de serviços básicos de saúde, o governo garante que 12 escolas abriram neste ano e neste momento 76 professores estão em leccionação.
Até a data do ataque em Março do ano passado, viviam no distrito de Palma, mais de 72 mil pessoas, entre nativos, vindouros e trabalhadores das empresas sub-contratadas pela Total Energies.