A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem sensibilizado os Estados-membros para a necessidade de reforçarem mais a colaboração bilateral com Moçambique, devido aos frequentes ataques armados ocorridos na província de Cabo Delgado.
Segundo o secretário executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, a organização está a “fazer o que Moçambique pediu”, que é sensibilizar a comunidade internacional para o problema de Cabo Delgado e a necessidade de reforço da cooperação.
As declarações do diplomata português foram feitas nesta quarta-feira, 31 de março, depois de uma reunião com parlamentares socialistas, na qual um dos assuntos em debate foi o dos ataques no Norte de Moçambique.
Os parlamentares socialistas da Comissão de Negócios Estrangeiros disseram ao secretário executivo da CPLP que estavam preocupados com a situação de violência em Cabo Delgado.
Na reunião foram igualmente analisados alguns dos temas que farão parte “da próxima Cimeira de Luanda, prevista para 17 de julho, particularmente sobre a aprovação do acordo de mobilidade no espaço da CPLP, que poderá ocorrer com base num modelo de cooperações reforçadas, a exemplo do que existe na União Europeia”, pode ler-se no comunicado divulgado.
Recorde-se que da CPLP fazem parte Moçambique, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Brasil.