O caso de corrupção que envolve a antiga embaixadora de Moçambique nos Estados Unidos da América (EUA), Amélia Matos Sumbana, foi marcado para o dia 12 de novembro deste ano. A informação foi revelada pelo porta-voz do Tribunal Supremo (TS), Pedro Nhatitima, que foi forçado a prestar estas informações depois de o Gabinete Central de Combate à Corrupcao (GCCC) se queixar constantemente da demora dos tribunais no julgamento de casos de corrupção.
Recorde-se que a ex-embaixadora é acusada de crimes realizados entre 2009 e 2015, tendo sido exonerada oito meses após a tomada de posse do atual Presidente da República, Filipe Nyusi. Sumbana terá desviado 496.945,03 dólares (o que corresponde a 17.393.076,05 meticais e a 435.127 euros) durante seis anos.
De acordo com a “Carta de Moçambique”, as acusações de que Amélia Sumbana é alvo são crime de peculato, abuso de cargo e branqueamento de capitais. Parte do dinheiro terá sido alegadamente utilizado na aquisição de um apartamento, que registou em nome de um parente.
A diplomata ordenava ainda a emissão de cheques a seu favor, alegadamente para efetuar pagamentos referentes a obras de reabilitação da residência oficial e à compra de bens para o funcionamento da missão diplomática.
O antigo embaixador de Moçambique na Federação Russa, Bernando Xerinda, também está a ser acusado de peculato, uma vez que terá desviado fundos do Estado. Nhatitima referiu que este processo se encontra em fase de elaboração do despacho de pronúncia, pesando sobre Xerinda indícios da prática de corrupção e tráfico de influências.