Moçambique: Arrancou a edição de 2023 do Recenseamento Militar

Arrancou ontem, 03 de janeiro, em Moçambique, o processo de Recenseamento Militar edição 2023, sob o lema: “Recenseamento Militar: Promovendo a cidadania e inspiração de jovens para a Defesa Nacional”.

Segundo O Ministério da Defesa Nacional (MDN) este processo, que se realiza de 3 Janeiro a 28 de Fevereiro de 2023, em todo o território nacional, terá lugar nos governos distritais e conselhos municipais, postos administrativos, estabelecimentos de ensino e em Missões Diplomáticas e Consulares no estrangeiro.

O objetivo é abranger todos os cidadãos moçambicanos, de ambos os sexos, nascidos no ano de 2005, bem como aqueles que não puderam fazê-lo anteriormente, desde que não tenham ultrapassado os 35 anos de idade.

No acto do Recenseamento Militar, o cidadão deverá ser portador de documento de identificação, declaração de habilitações académicas e declaração de residência emitida pela estrutura da área de residência. Quando a apresentação for feita através do representante legal, este deve ser portador, para além da própria identificação, dos documentos acima referidos.

Após o Recenseamento Militar, ao cidadão recenseado, é-lhe entregue um recibo comprovativo da sua apresentação. De referir, que o cidadão que não se apresentar ao Recenseamento Militar e não regularizar a sua situação militar, é considerado “Faltoso” ao Recenseamento Militar e fica sujeito a sanções nos termos da lei.

Salvador Zavale, porta- voz do Centro de Recrutamento e Mobilização de Maputo Cidade, explica que, nesta fase, o recenseamento não significa que automaticamente o candidato está inscrito no Ministério da Defesa, pois, “temos três obrigações militares pelas quais o cidadão moçambicano pode passar. O recenseamento é a primeira obrigação. É imperioso, e todo o jovem que sabe que nunca passou por um processo de recenseamento militar deve passar por esta actividade. Significa que não existe a possibilidade de um jovem que se tenha recenseado ser incorporado automaticamente, sem que tenha passado pela segunda obrigação, que é a das provas de classificação e selecção, que não é para todos”, esclareceu.

“Para efeitos de emprego, o cidadão deve ter a situação militar regularizada. O mesmo sucede em relação à aquisição da carta de condução, bem como, o ingresso no ensino superior. Um jovem que não esteja com o processo de situação militar regularizada pode ser lesado no processo”, vincou.

Entretanto, para o Ministério da Defesa Nacional, para edição 2023 tem como meta recensear 221.140 jovens, de ambos os sexos, em todo país. Importa referir que na edição anterior o número de jovens recenseados ultrapassou a meta estabelecida em cerca de 19%.

Aurelio Sambo – Correspondente

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