A província do Niassa foi atacada por terroristas, o que levou três mil cidadãos a fugir para a vila-sede do distrito de Mecula, situada no nordeste da referida província. Os deslocados estão acampados, com receio de voltar para o local invadido.
As aldeias das vítimas, em Mecula, foram atacadas em finais de novembro e princípios de dezembro, segundo a “Carta de Moçambique”. Essa informação já foi confirmada pelo Secretário do Estado da província do Niassa, Dinis Vilankulo, durante um encontro com as autoridades policiais locais.
Trata-se de pessoas vindas das aldeias Chitande, Macalange, Mecula, Muchenga e Naulala 2, cujas casas foram incendiadas pelos insurgentes. Vilankulo defende o aumento da capacidade de vigilância e dos níveis de colaboração entre o cidadão e a Polícia da República de Moçambique, de maneira a evitar futuras invasões armadas.
Recorde-se que na província de Cabo Delgado os ataques terroristas começaram em outubro de 2017, o que já provocou mais de 830 mil deslocados e a morte de cerca de três mil pessoas, entre as quais civis, militares e membros do grupo terrorista.