O ativista que liderou a marcha em homenagem ao músico Azagaia na cidade de Nampula, Gamito dos Santos Carlos, denunciou na segunda-feira, que a polícia o raptou e de seguida colocou-o numa situação desumana, de maus tratos, numa cela secreta.
Segundo relatou, os agentes tiraram-lhe a roupa, amarraram-no, infligiram golpes em todo corpo, incluindo nos órgãos genitais, e até usaram água quente durante as agressões.
Disse ainda que os agentes da corporação, enquanto batiam, faziam questões relacionadas com bandidos e actos terroristas. Alegadamente raptado na tarde domingo, o activista viria a ser solto quase ao meio-dia desta segunda-feira.
A polícia da república de Moçambique em Nampula, através do seu porta-voz, Zacarias Nacute, negou que o activista tenha sido maltratado, mas admitiu que foi levado ilegalmente pelos agentes, para evitar que a manifestação, por ele liderada, tivesse proporções negativas e contrárias à ordem pública.