Mais de setecentos funcionários e agentes do Estado afetos ao Conselho autárquico de Nacala, na província de Nampula, encontram-se em greve desde as primeiras horas de hoje, dia 4 de janeiro.
Os grevistas acusam o presidente da autarquia, Raul Novinte, e a sua direção executiva de serem maus gestores e exigem o pagamento de salários em atraso, referente aos meses de novembro e dezembro de 2022 e décimo terceiro mês.
Os funcionários apresentam, inclusive, um documento da Direção Provincial das Finanças de Nampula, dando confirmação de transferência do Fundo de Compensação Autárquica (FCA) para o pagamento dos salários.
Já em outubro, os funcionários do Município de Nacala previam que passariam a quadra festiva sem salários uma vez que a contenda entre si e o executivo era recorrente. “Várias vezes afirmamos que a gestão municipal de Novinte deixa a desejar e ameaça o Município cair em colapso total”, desabafa um dos lesados.
Funcionários da edilidade afirmam que os factos que se vivem em Nacala são alarmantes, ameaçadores e desumanos, e que jamais aconteceu nos mandatos passados, mesmo na outra governação da Renamo em que o seu edil era Manuel dos Santos.
Importa referir que ontem, 03 de janeiro, os representantes dos funcionários grevistas, Vasco Carina e Vialina Gouveia, endereçaram uma carta à edilidade a solicitar autorização de uma greve pacífica com duração de cinco dias, das 07:30 às 15:30 minutos, que podem ser prorrogáveis, até que se resolva a situação.
O Diretor do Gabinete de Comunicação do Município, Arlindo Chissale, reconhece a dor dos funcionários e o atraso dos salários, porém, garantiu que estão a fazer todos os esforços para que num prazo de 14 dias o Município de Nacala resolva a questão.
Aurelio Sambo – Correspondente