A Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) apresentou ao público esta segunda-feira, 14 de novembro, a primeira de duas automotoras que irão reforçar a capacidade de transporte e circulação dos passageiros e bens no corredor Beira, Dondo, Machipanda e Sena.
Trata-se de uma automotora de fabrico indiano com a capacidade de transportar mais de 630 passageiros em cada viagem, um investimento de mais de 10 milhões de USD.
O Governador de Sofala, Lourenço Bulha, exortou aos técnicos e funcionários dos CFM a trabalharem constantemente na manutenção da automotora, uma vez que as mesmas custaram muito dinheiro ao Estado. O governante espera que a automotora flexibilize o transporte de passageiros e bens de Sofala, Manica e Tete.
Na ocasião, a direção dos CFM fez saber que, dentro de dois meses, chega a segunda automotora ao país, que neste momento se encontra em Mombassa para alguns acertos técnicos.
Este evento segue-se ao anúncio feito no dia 12 de novembro, pelo presidente do conselho de Administração dos CFM, Miguel Matabele, de que a partir do próximo dia 19 de novembro um comboio de passageiros passará a operar na ligação entre as cidades de Maputo, em Moçambique, e Matsapha, Eswatini.
A viagem, com duração de cinco a seis horas de viagem, acontecerá durante os fins de semana, partindo aos sábados com regresso ao domingo e terá o custo de 1.250 meticais.
O facto resulta de um acordo bilateral rubricado pelos governos dos dois países em agosto passado no âmbito da implementação da Zona de Livre Comércio da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
De referir que os comboios comerciais já estão a circular no novo traçado da Linha Férrea de Machipanda, onde ainda está em a reabilitação da ferrovia que liga Moçambique ao Zimbbabwe, a partir do Porto da Beira.
Neste momento estão a ser investidos cerca de duzentos milhões de dólares americanos naquele que é tido como um dos maiores pacotes de financiamento proporcionado pela banca nacional ao sistema ferro portuário moçambicano desde o ano da independência em 1975.
Aurelio Sambo – Correspondente