O ex-ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, é acusado pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) de se ter beneficiado de dinheiro de corrupção para facilitar obras da Odebrecht, construtora brasileira, em Nacala e na Beira.
Para além da acusação dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito, o antigo governante é ainda acusado de participação económica em negócio, abuso de cargo ou função e branqueamento de capitais.
No comunicado de imprensa do GCCC emitido nesta segunda-feira, 28 de novembro, e divulgado pela “Carta de Moçambique”, é referido que Chang, outro ex-ministro e mais duas pessoas, cujos nomes não foram revelados, receberam pagamentos indevidos da Odebrecht para facilitar projetos em Nacala e na Beira, províncias de Nampula e Sofala, respectivamente.
Tal terá sido feito “no âmbito do projeto de infra-estruturação e implementação da Zona Franca Industrial de Nacala e na construção do Terminal de Carvão na cidade da Beira”.
Recorde-se que o antigo ministro está detido na África do Sul desde dezembro de 2018, onde espera ser extraditado para os Estados Unidos da América ou para Moçambique, onde responderá a crimes relacionados com as chamadas “dívidas ocultas”.