O ciclone Freddy teve seu segundo ponto de entrada no sábado, 11 de março, na cidade de Quelimane, na Província da Zambézia, onde provocou cinco mortes, de acordo com informações preliminares do presidente do município, Manuel Araújo. O ciclone também deixou a cidade e distrito de Quelimane sem energia e comunicações.
Segundo informações avançadas por Manuel de Araújo, duas mortes foram causadas por desabamento de casas precárias, outras duas occorreram devido à queda de árvores e a quinta morte trata-se de um pescador que foi surpreendido, na sua embarcação, pelas ondas do rio.
Em quase todo o município e arredores, as coberturas dos edifícios foram arrancadas, muros e vedações tombaram, postes de eletricidade e árvores estão no chão e inúmeras casas precárias estão completamente destruídas em consequência da intensidade da chuva e do forte vento, que segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) ultrapassava os 163 quilómetros por hora.
Até o hospital da cidade perdeu a cobertura, deixando vários pacientes à chuva, entretanto transferidos para espaços cobertos. Também já foram abertos centro de acolhimento das vítimas, como o caso da escola Sangarivera, com oito salas de aula que cada sala alberga cerca de 2000 pessoas.
No que concerne à energia elétrica em Quelimane, ainda não há uma perspectiva de quando será reposta a corrente elétrica, uma vez que a toda linha, numa extensão de 60 quilómetros, foi derrubada. De acordo com Maria Quipisso, Directora da Eletricidade de Moçambique (EDM) na Zambézia, de Nicuadala atá à Cidade de Quelimane vai exigir uma nova linha, porque sofreu uma perda total.
Segundo o INAM, o ciclone Freddy já perdeu força e é agora uma tempestade tropical, mas, ainda assim, deverá provocar chuva intensa entre quarta e quinta-feira no centro de Moçambique, pelo que prevalece a ameaça de inundações.
Aurelio Sambo – Correspondente