A cidade e Província de Maputo acordou com uma agitação fora do comum na passada sexta feira, 6 de Agosto, devido a publicações nas redes sociais sobre o aumento significativo de custos e taxas para toda uma gama de serviços funerários que está a gerar muita contestação por parte dos munícipes de Maputo.
Receia-se que aumente o número de corpos não reclamados por familiares, que posteriormente poderão ser depositados na vala comum gerando custos para o município de Maputo.
Uma postura camarária, cuja aprovação foi viabilizada, na quarta-feira 04 de Agosto, pela bancada maioritária do partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), prevê um agravamento das taxas aplicadas pelos diversos serviços nos cemitérios da capital.
Os aumentos dos preços coincidem com o crescimento do número de mortos devido à Covid-19 e o aumento do desemprego, por causa do encerramento de muitas empresas. O valor da reserva de espaço para enterrar um cadáver, atualmente fixado em 1.500 meticais, o equivalente a cerca de 20 euros, aumenta três vezes mais.
Já o valor pago pela cremação de um cadáver aumenta 10 vezes, passando para 5.000 meticais, o equivalente a 67 euros. Quem quiser depositar o seu ente querido num jazigo terá de desembolsar 10.000 meticais, ou 135 euros, o dobro do valor atual.
Por outro lado, o município veio a público desmentir, alegando que não é verdade o que está a ser publicado nas redes sociais. No entanto, é de salientar que não é primeira vez que órgãos do estado ou municipais fazem um desmentido público, como o caso da renovação dos documentos de identidade como a carta de condução que antes estava a 500 meticais e passou para 2500 meticais.
Aurelio Sambo