O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, assegurou que as autoridades “estão a trabalhar” para esclarecer os casos de raptos registados no país.
“Lamentamos e condenamos este tipo de crime, que não têm razão de existir”, disse à imprensa, à margem de um evento público. Desde janeiro, prosseguiu, as autoridades registaram quatro raptos, incluindo o de uma cidadã portuguesa, um dos quais já foram esclarecidos.
“Há um trabalho que está sendo feito por todas forças intervenientes, incluindo os órgãos de justiça, para poder esclarecer os restantes três casos”, informou.
Dos quatro casos registados este ano, três ocorreram na última semana. As vítimas são um empresário do ramo do entretenimento, raptado na cidade de Quelimane, na província da Zambézia, outro empresário, de nacionalidade indiana, sequestrado numa das avenidas de Maputo, e uma mulher de nacionalidade portuguesa, à saída do consulado de Portugal, também em Maputo.
Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram mais de dez raptos, sendo as vítimas empresários ou respetivos familiares.
A Renamo já exigiu publicamente esclarecimentos sobre o sucedido. “A Polícia sempre vem ao público com o discurso habitual indicando que estão a decorrer operações para a localização dos raptores”, criticou o secretário-geral do maior partido da oposição, André Magibire.