O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, decidiu estender até 15 de abril o destacamento da Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF) em Moçambique. Tal é feito no âmbito da missão militar regional na província moçambicana de Cabo Delgado.
“Os militares da SANDF continuarão a apoiar a República de Moçambique no período de 16 de janeiro de 2022 a 15 de abril de 2022”, pode ler-se na carta do Presidente da República, citada pela “Lusa” e datada de 28 fevereiro, mas divulgada apenas em março pelo Parlamento sul-africano.
Nessa missiva, dirigida pelo chefe de Estado à presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, é referido ainda que o destacamento de 1.495 militares vai custar cerca de 985 milhões de rands (56,9 milhões de euros).
“A Constituição obriga o Presidente a informar o Parlamento prontamente e sem demora injustificada”, explicou à “Lusa” o deputado Kobus Marais do Aliança Democrática, maior partido na oposição na África do Sul.
“Espero que Moçambique também desempenhe um papel mais significativo como membro da SADC dentro da SAMIM [Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique] e que as forças ruandesas também façam parte da força multinacional alargada para eliminar as forças do ISIL [Estado Islâmico] em Cabo Delgado”, acrescentou.