O Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para Moçambique e Presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni, informou que o país africano encerrou a primeira base militar da Renamo na região norte. Tal foi feito no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens armados da referida formação política.
Terão sido desmobilizados 560 ex-combatentes da base, localizada no distrito de Murrupula, na província de Nampula. Os mesmos iniciam agora o seu caminho de reintegração.
“Expressamos o nosso profundo apreço às equipas no terreno que trabalharam incansavelmente durante as últimas semanas, apesar das condições difíceis, incluindo as medidas de mitigação da COVID-19 e as elevadas temperaturas”,, pode ler-se no comunicado divulgado, citado pelo jornal “O País”.
“Ao aproximarmo-nos do final do ano, aproveitamos esta oportunidade para refletir sobre os progressos significativos feitos até à data. Após a conclusão de hoje, conta-se um total de 11 bases encerradas desde Junho de 2020, com 63 por cento de todos os beneficiários desmobilizados. Felicitamos o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade, pela sua dedicação e compromisso em trazer a paz a Moçambique”, refere ainda o documento.
Manzoni realçou igualmente que Moçambique também deu passos importantes e intencionais rumo à paz definitiva, com progressos tangíveis nas áreas da descentralização, reintegração e reconciliação nacional.
“Enquanto aguardamos com expectativa o ano de 2022, esperamos que as atividades de desarmamento e desmobilização sejam concluídas, permitindo a todos os interessados concentrarem-se nos esforços de reintegração e reconciliação nacional. Continuaremos a trabalhar diligentemente com as partes, comunidades locais e os nossos parceiros para apoiar estas mulheres e homens enquanto contribuem para um futuro de paz e prosperidade em Moçambique”, concluiu.